Hi there! My name is Inês, I’m 23 years old and I’m a Portuguese aspiring documentary filmmaker and photographer, as well as a flawed non-fiction and short story writer in my free time. I was born in Coimbra but spent most of my adolescence and young adulthood in Lisboa, where I studied Communication Sciences and majored in Film Studies. My passion for stories – be them written, visual or told – is what has pushed me forward throughout challenging times. Beginning with an obsession of writing silly short stories and scripting plays and sketches for family celebrations, and a frustrated attempt to make it in the screenwriting world, I eventually came across documentary cinema as the art that made more sense to me: I began searching for narratives in the real world, in the people around me, stories that I felt somehow mattered and that were not just mere byproducts of my wandering and chaotic thinking process.
In June 2016 I was awarded a Fulbright scholarship in order to pursue graduate studies in documentary cinema in the United States. After a long and uphill battle against an overwhelming and complex application process to several American universities, I managed to get into my first choice – Stanford University, in Palo Alto, CA, where I am currently doing an MFA (Masters) in Documentary Film & Video Production (from 2017 to 2019). For two years (and who knows what might come after?), I will be trading my home country for a new home over 9 thousand kilometres away.
But just what is home?
Sleepless in America seeks to answer this question. This blog was created for me to share with you my occasional travels and daily adventures in this new life, as well as my own thoughts and feelings (and eventually short stories, poems, ideas) as a willing expatriate in search of a more fertile ground for my ideas . As I begin the biggest challenge I have ever had to face (yet!) – moving not only to another country, but another continent -, this blog becomes my own safe place in the hectic and chaotic scenario (in a good way) that is my new life. I will also be sharing with you photos and videos that I (or people who I admire) make, and basically any type of content that I feel is important to me and that I want to share with the world.
I hope you enjoy reading about my experiences just as much as I enjoy writing about them. Well, to be honest, I truly doubt this will happen, but at least I’ll work for it.
Also, this blog is in the process of becoming bilingual – my posts will eventually be written in both English and Portuguese. I have been told this makes little sense, but I disagree. I am and always will be trapped between my origins and my new context – we cannot erase where we come from, nor should we want to. Between the usefulness and straightforwardness of the English language, and the beautiful and visual feel of Portuguese, I simply can’t bring myself to choose. I’m undecided by nature – I don’t think, however, this is something I should have to make a decision about.
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Olá! Sou a Inês, sou portuguesa, tenho 23 anos e sou estudante de cinema e fotografia documental, e escritora de não-ficção e de short stories nas minhas horas vagas (poucas). Nasci em Coimbra mas passei a minha adolescência e últimos (primeiros?) anos da minha vida adulta em Lisboa, onde me licenciei em Ciências da Comunicação e me especializei em Cinema e Televisão. A minha paixão por histórias – sejam elas escritas, visuais ou contadas – tem sido aquilo que me tem dado força em alturas difíceis. O que começou com uma obsessão por escrever histórias tontas e preparar peças e sketches para celebrações familiares, passando por uma tentativa frustrada de me estabelecer como guionista, eventualmente culminou com o meu encontro com o documentário como algo que realmente fazia sentido: comecei a procurar narrativas no mundo em que circulo, nas pessoas que me rodeiam, narrativas estas que realmente faziam sentido e que não eram apenas subprodutos da minha cabeça, que já é suficientemente desorganizada e caótica por si só.
Em Junho de 2016 foi-me atribuída uma bolsa Fulbright para prosseguir estudos ao nível de Mestrado nos Estados Unidos. Depois de uma longa e trabalhosa batalha contra o complexo e inacabável processo de candidaturas às universidades americanas, fui colocada na minha primeira opção – a Universidade de Stanford (em Palo Alto, na Califórnia), onde estou a tirar o MFA (Mestrado) em Documentary Film & Video Production (de 2017 a 2019). Durante dois anos (e quem sabe o que virá a seguir), vou trocar o meu lar e país natal por um novo lar a mais de 9 mil quilómetros de distância.
Mas afinal, o que é isso de lar?
No Sleepless in America proponho-me a descobrir a resposta a esta e a muitas outras angustiantes questões que persistem na minha existência. Criei este blog com o intuito de documentar e partilhar as minhas ocasionais viagens e aventuras quotidianas nesta nova vida, bem como as minhas divagações enquanto uma expatriada voluntária em busca de um terreno mais fértil para as minhas ideias. Agora que começo o maior desafio que alguma vez enfrentei (até agora, pelo menos) – sair de casa e mudar-me não apenas para outro país, mas também para outro continente -, este blog afigura-se como uma espécie de refúgio no cenário movimentado e caótico (num bom sentido) que é a minha nova vida. Irei também partilhar algumas fotografias e vídeos que eu (ou pessoas que admiro) produzem, bem como todo o tipo de conteúdo que considerar importante para mim e que realmente queira partilhar com o mundo.
Espero que gostem de ler sobre as minhas experiências tanto quanto eu gosto de as escrever. Bom, duvido seriamente que isto aconteça, mas vou fazer por isso.
E já agora, este blog eventualmente será bilíngue – as publicações serão escritas tanto em inglês como em português. Já me disseram que isto não faz grande sentido, mas eu discordo. Afinal, estarei sempre dividida entre as minhas origens e o meu novo contexto – não conseguimos apagar o sítio de onde vimos nem sequer deveríamos querê-lo. Entre a utilidade e simplicidade da língua inglesa e a beleza e visualidade do português, não consigo escolher. Sou indecisa por natureza – não creio, contudo, que aqui deva ter de fazer uma escolha.
– Inês.